19/06/2008

Uma Farsa: a Civilização

O espanto com os instrumentos que os europeus passaram a fazer depois do Renascimento, e com as façanhas que eles permitiam, foi tão grande que começaram a confundir a ferramenta com o homem, daí veio a mentira do progresso: homem e cultura se aperfeiçoam como engrenagens – a civilização. E nada melhor que o ideal platônico de perfeição para casar com o fim desta “evolução humana”: caminho e destino. Kant, Hegel, Marx, Gramsci, Habermmas, são filhos deste espanto – finalmente puderam descer o caminho da salvação do céu medieval para a terra renascida. Mas tudo é um grande engano, progresso é a salvação monoteísta palatável para o homem moderno. Na natureza não há perfeição nem planejamento – se os dados são viciados é obra dos acasos. E a nós, que somos um acaso, cabe escolher o caminho e o destino.

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