05/12/2007

Nobreza

Rir da nobreza é a seta que aponta seu declínio. Os bobos-da-corte tiveram seu auge já na decadência da idade média porque o riso mostra quão frágeis estão os valores que sustentam a classe. Rir é o descompasso entre o que percebemos e o que sentimos. Porém demorou 4 séculos até que de pequenas ascensões burguesas rebentasse Napoleão – o primeiro plebeu que se fez nobre – não sem uma violenta reação contrária. Hoje já é comum à plebe ascender à nobreza, meio milênio depois dos coringas. Mas lhes pergunto: já não estamos rindo da nossa nobreza?

Em um milênio, algum historiador olhará nossos jornais e televisão dando uma boa risada.

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