A manhã invade tudo –
frustra os amantes,
embarulha a cidade
e manda recolher a melancolia.
Nem este exoesqueleto pode me proteger da radiação de um novo dia
como bomba aflorando em desruptura milagrosa.
Saber esquecer é um dom conquistado depois de anos remoendo
o que não pode ser mudado.
Por isso, irmão,
é preciso estar ébrio de noite:
se o viver é cego,
a bússola da deriva é poesia.
20/11/2007
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