18/03/2008

Amor à Humanidade

O amor pelo humano é um dos mais altos sentimentos que podemos ter. Quem ama procura as causas não por curiosidade, mas por estratégia, para construir um futuro ao lado do amado. Nas causas, dão um sentido ao amor, um fim (enxergamos sob o véu do efeito e da causa temporal), e é nele que está o amanhã. Quando namorados perguntam do que o outro gosta, estão, na verdade, despontando suas auroras. Dar amor é dar sentido, e sentidos dão-se para si, por si, de si e em si, ao lado do outro.

Na compaixão, queremos consoar sentimentos numa só melodia. Buscamos a referência para os nossos no sentir do outro, e é ele que dá o sentido, a causa, enquanto o compaixonado tenta encaixar um fim a essa obra alheia e inacabada. A compaixão não cria, repete, não inventa, adapta.
Se vocês insistirem em procurar opostos nesta visão dual de mundo, nesta linha temporal contínua, que achem o inverso do amor na compaixão, não no ódio, que é seu irmão.

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