18/01/2008

Belo-estar

Beleza é hábito. Com o tempo, uma pessoa feia já não nos parece tão feia, e a deslumbrante decai para bonita – acostumamo-nos com a plástica das coisas. Certos padrões universais parecem ser verdadeiros e devem ter uma razão profunda no inconsciente primitivo, o resto é costume. Leve Miró para um asteca, e ele achará odioso, mas traga o asteca para nosso tempo, deixo-o escutar as opiniões dos outros, deixe-o integrar-se à nossa cultura, e algumas manchas coloridas lhe parecerão a quintessência do belo. A grande pergunta é: o que queremos sentir como belo? Ou deveria dizer: que tipo de homem, que sociedade queremos?

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