02/01/2008

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Onde está o dia que não vivi?
Na memória,
na esperança,
nos dias secos que me tocam a pele?
O barco que não velejou,
o Sol ausente
no mar que só espelhou o céu infinito
e as estrelas implícitas que esperavam a noite.

Não era só isso,
nem só lirismo.
Era meu filho que de mim nasceu em um novo eu,
um pingo de tensão
como o inseto preso sob o copo
desesperadamente tocando a eterna imagem
do mundo.

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